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  • Foto do escritorYasmin Dias

Rosana Augusto | #DeixaElaFalar

O Futebol é pra mulher convida a multi-campeã Rosana Augusto para um bate-papo sobre sua carreira



Rosana jogando pela seleção | Foto: Reprodução

Rosana dos Santos Augusto, 37, é uma jogadora de futebol nascida na cidade de São Paulo no dia 7 de julho de 1932. Desde muito nova é apaixonada por futebol, e o time da capital paulista, São Paulo FC, percebeu seu talento contratando-a inda com 14 anos para defender suas cores. É no tricolor que Rosana aos 17 anos acaba sendo convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira.


“Ter uma base é de fundamental importância, porque é nela onde se forma a atleta. Eu infelizmente não tive essa formação. Com 17 anos fui com a Seleção principal disputar uma Olimpíada e não tive esse suporte físico, médico, tático e principalmente psicológico. Por isso eu acho importante que as meninas tenham essa formação para serem mais bem preparadas, para uma possível convocação, pois na Seleção você já tem que chegar pronta”.


Uma das pioneiras do futebol feminino nacional, Rosana viu boa parte da evolução em mais de 2 décadas como atleta. Participou de algumas gerações, conseguindo atuar com Sissi e Kátia já no finalzinho de suas carreiras. Tendo tido oportunidade de jogar com grandes nomes das Copas e Olimpíadas, Marta, Cristiane e Formiga, e agora atuando com as meninas dessa nova geração como Ary Borges e Ottilia por exemplo.


“Eu vejo uma evolução muito grande, mas costumo dizer que tudo está interligado. Começou a se falar mais de futebol feminino. Isso fez com que as federações e a CBF organizassem campeonatos mais interessantes. Então por ter mais divulgação e transmissão dos jogos, começaram a surgir patrocinadores. Além dessa obrigatoriedade que para mim, foi o ponto chave para que o futebol feminino decolasse. Porque por mais que tenha sido obrigatório fez com que os clubes enxergassem que temos um viés social que pode ser utilizado para tirar meninas das ruas, por exemplo, mas que também em breve terá um viés lucrativo. Eu espero que continue caminhando a passos largos”.


“Eu me aposentei, mas o clubes não me aposentaram”

Ainda em 2018, acaba sendo convidada pela então treinadora da equipe da Ferroviária, Tatiele Silveira para atuar pelo time na competição Libertadores da América, já que era um campeonato curto. Rosana recusa em um primeiro momento, mas acaba indo treinar com o time e entende que ainda tinha uma missão no futebol feminino.


Um tempo mais tarde, é convidada para atuar pelo rival do clube em que se aposentou ainda em 2018, o Palmeiras. Levando em consideração todo seu trabalho como atleta, a medalhista olímpica analisou o projeto proposto pelo clube alviverde onde tentou entender “o que eles queriam da Rosana e o que a Rosana queria do Palmeiras”. Então foi um combo, Rosana decidiu aceitar a proposta sabendo que o Palmeiras é um clube muito competitivo com chance de brigar por títulos e que poderia continuar contribuindo para a ascensão da modalidade ainda dentro de campo.



osana em atuação pelo Santos FC | Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Como tem sido jogar no Palmeiras? O que acha da experiência de jogar com uma equipe mais nova?

“Tem sido fantástico porque eu sempre digo que aprendo muito mais do que ensino, mas claro que com toda essa bagagem que eu tive como a experiência jogando fora do país e atuando por anos pela seleção, sempre há algo de positivo para ensinar. O que eu tento fazer pelas meninas é encurtar o caminho delas. Tento ajudar, mas deixando claro que elas precisam viver isso para entenderem e se tornarem mais fortes”.

Rivalidade Paulista nos clássicos

“Acho importante que tenha essa rivalidade, já tínhamos algumas rivalidades em clássicos específicos como Corinthians x Santos na final de 2018. A Vila Belmiro lotou para ver esse clássico. Agora estão surgindo mais times e camisas, como consequência se cria mais rivalidade. Nosso primeiro jogo (esse ano) foi contra o Corinthians. Foi um super jogo, as pessoas comentaram muito bem. Isso é parte importante para o processo de crescimento do futebol feminino. Então que tenham mais jogos e mais rivalidade, mais calendários e mais torcedores. Nós ficamos ali de fora nos bastidores torcendo pelo time que jogamos, mas é sempre muito importante que tenha essa discussão boa, isso com certeza vai fazer com que eleve o nível das jogadoras dentro de campo”.


Torcida santista prestigiando as sereias | Foto: Lucas Musetti

Joga Junto FF

“Eu fico sempre muito feliz em participar de campanhas onde posso ajudar o próximo. Essa não é a primeira e nem será a última. Sempre que posso faço doações de chuteiras e materiais esportivos para quem precisa. Então o Joga Junto FF foi mais uma forma de ajudar em algo que nós não esperávamos, o que chega a ser um pouco assustador que é essa pandemia do corona vírus. Sempre tento ajudar e o mais importante é que eu acho que podemos levar para outras causas também, como organizar novas ações para ajudar mais pessoas sem precisar ter uma pandemia”.


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