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#DeixaElaFalar com Ana Clara

  • Foto do escritor: futebolepramulher
    futebolepramulher
  • 15 de jul. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 15 de jul. de 2020

Conheça Ana Clara Consani, a lateral da base do São Paulo FC tri campeã do Campeonato Paulista Sub-17


| Larissa Santos e Yasmin Dias


Reprodução

Nascida em São Paulo-SP e moradora da cidade de São Caetano, Ana Clara desde nova adorava jogar bola com seus irmãos, até que o interesse e paixão por futebol foi aumentando. Sua carreira começou na Escolinha do AD São Caetano, que ficava localizado próximo de onde morava, lá passou a treinar junto com os meninos. Mesmo com pouca idade, a atleta já vivenciou inúmeros aprendizados e experiências incríveis graças ao esporte, como por exemplo a conquista do Tri Campeonato Paulista sub- 17, nos anos de 2017, 2018 e 2019. Ou então a convocação para a Seleção Sub-17 aos 16 anos. Nesta entrevista Ana Clara detalha como foi esse caminho e conta sobre seus sonhos e inspirações.

• Qual foi sua reação quando convocada para a Seleção Sub 17?

“É uma sensação inexplicável porque vem tudo na sua cabeça, tudo o que você passou, tudo o que aconteceu desde a convocação... Eu chorei, fiquei sem acreditar, gritei, sorri, abracei minhas companheiras. A sensação é uma coisa inexplicável.”


• Com a convocação teve oportunidade de conhecer outros países. O que mais o futebol te proporcionou?

“Me proporcionou amizades que vou levar para minha vida, assim como você disse conhecer novos países é incrível, culturas diferentes etc. Me proporcionou conhecimento de mundo!”


• Em 2019 você ajudou sua equipe a conquistar o tricampeonato paulista para o São Paulo, mantendo o legado do time tricolor de ser o único vencedor desde a criação do campeonato em 2017. Você imaginava tamanho feito?

“No primeiro Paulista estávamos com uma equipe sub-15 eu não imaginava de verdade, mas todo mundo se surpreendeu com essa equipe. No segundo ano estávamos com uma equipe muito forte a bater e acreditávamos sim no título. E no terceiro também estávamos acreditando bastante na equipe porque sabíamos que era forte. Mas assim, imaginar três vezes seguidas é uma coisa surreal. Sensação incrível também.”


• Qual seu sonho como atleta?

“Um sonho muito grande é jogar com a Seleção Brasileira sub-17 agora que está no caminho e se Deus quiser vai dar tudo certo, e a Seleção principal é um objetivo muito grande, um sonho. Jogar fora do Brasil também acho que é um objetivo muito grande meu. Mas eu não fico muito presa a times, eu quero evoluir o máximo possível como atleta e como consequência virão os times, mas meu maior objetivo mesmo é evoluir como atleta.”


• Em quem você se inspira no esporte? De onde veio essa paixão?

“É difícil falar em quem eu me inspiro porque são muitas pessoas e acabo pegando um pouquinho da característica de cada. Mas eu gosto muito de ver o Messi o Cristiano Ronaldo e a Marta. Uma jogadora da base que foi para o “profi” há pouco tempo é a Yaya, admiro e me inspiro muito nela. Essa paixão veio de cedo, eu jogava muito com meus irmãos no parque então fui gostando e passei a me imaginar sendo jogadora no estádio.”


• A falta de estrutura, de investimentos e até uma falta de incentivo já te fez querer desistir?

"Teve um momento da minha vida quando estava no sub-15 que passei por uma fase muito ruim no futebol. A falta de investimento, estrutura e incentivo era muito grande. Existiu um momento que eu quis desistir sim, ficava com muitas dúvidas e preocupações. Pensava “nossa o que vai ser do meu futuro, será que vale a pena eu investir”, mas depois eu fui mudando meu pensamento e parando de me preocupar com o futuro e passei a jogar porque eu gostava, porque tinha prazer de ir lá treinar. Parei de me preocupar com o que iria acontecer e então as coisas foram fluindo. Hoje ainda continuo com esse pensamento de jogar para me divertir, mas pensando no futuro só que não preocupada.”


• O que você acha que pode ser feito para que o futebol feminino seja mais valorizado, e que sabe daqui há alguns anos não sofrer com situações precárias que infelizmente é considerado "normal" por muitos?

“Continuar com o incentivo e prática desde criança, pois assim cada vez mais teremos meninas para lutar por essa causa. O investimento na base é algo precioso para o desenvolvimento da atleta e é essencial para a evolução do futebol feminino.”


• Já sofreu algum tipo de preconceito por jogar bola?

“Eu nunca sofri algum julgamento de alguém, mas na escola eu já ouvi alguns apelidos desagradáveis, mas nunca existiu alguém que veio falar na minha cara “nossa, você é menina e vai jogar bola?”


• Um jogo marcante?

“Tenho dois preferidos que vou levar para a minha vida inteira. O primeiro foi contra o Santos na semi-final do sub-18 jogo de volta, em que ganhamos de 4x1. Esse jogo acredito que foi minha melhor atuação. O outro é a final do Brasileiro sub-18, que foi muito emocionante, mesmo a gente ficando em segundo lugar. Ver a torcida nos apoiando arrepiou muito.”


• Em qual clube tem o sonho em jogar?

“Eu gostaria de jogar no Barcelona.”


• Você, como uma nova prodígio do futebol daria qual recado para outras garotas que sonham em seguir carreira?

“Não desista na primeira dificuldade. Treine, treine e treine. Trabalhe a mente e trabalhe o corpo porque os dois trabalham juntos. Jogue com leveza e alegria. Você tem que jogar porque gosta, e ter ciência que existirão dificuldades nesse caminho, mas não desista.”

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